sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

A NIGHT AT THE OPERA - QUEEN


Era um tempo em que ouvir o último LP da sua banda favorita (a gente chamava de “conjunto”) não era tão fácil quanto hoje. Por isso, era comum que os fanáticos por música se encontrassem, se visitassem, ou até mesmo, tão logo comprassem seus LPs em Juiz de Fora, levassem no Rubro Bar, ou no Bar Xodó, para todos conhecerem aquele novo trabalho.Numa dessas visitas, fui até a casa do Veroaldinho, que dividia comigo a coluna de crítica de música no jornal “Novidade”, apreciar o trabalho de um conjunto, então desconhecido para nós: era o Queen. O Verô, com todo seu conhecimento musical, ainda destacava que aquele (A Night At The Opera), não era o primeiro trabalho do grupo, que já havia lançado “Queen”, “Queen II” e “Sheer Heart Attack”, mas, naquele tempo, era o ano de 1975, os lançamentos internacionais não ocorriam simultaneamente no mundo inteiro, como ocorrem hoje.O LP, de capa branca, com o brasão inspirado na Família Real Britânica, tinha um ar imponente, um título inspirado numa comédia dos Irmãos Marx de 1935, e um aviso, que parecia o anúncio de uma grande vantagem: “No Synthesisers”. Sem sintetizadores. Pensamos: ih, se o disco for bom, Rick Wakeman, Keith Emerson e Richard Wright vão ficar desempregados!Mas foi quando o disco começou a tocar, que o bicho pegou, pois ficamos totalmente fascinados com os arranjos, os efeitos em estéreo, a guitarra de Brian May e a voz inesquecível de Freddie Mercury.A Night At The Opera tem início com um piano tipo ópera misturado com um som espacial, explodindo na guitarra rascante de Brian May. A música – Death on two legs (Mercury) apresenta o cantor Freddie Mercury ao piano, num fantástico diálogo vocal com May e Taylor, onde as vozes, sobrepostas, num recursos chamado overdub, se assemelham a um coral. A música é uma crítica ao empresário do grupo na época, afastado pelo que os britânicos chamam de “conduta financeira condenável”, o nosso popular 171.Lazing on a Sunday afternoon (também de Mercury) começa num clima retrô, meio vaudevile, onde o autor canta com uma voz modificada, como se fosse um antigo disco de 78 r.p.m. A música é curtinha, quase uma vinheta, e emenda com I’m love with my car (Taylor), cantada pelo próprio autor, e enriquecida pelo som de guitarras em overdrive com uma letra não muito politicamente correta (“Falei com minha garota que eu já esqueci dela, é melhor comprar um carburador novo.”).O baixista John Deacon canta a próxima música, You’re my best friend, de sua autoria, iniciada com um piano elétrico também tocado por ele, e com uma letra apaixonada, culminando com a guitarra Guild de Brian May. Este é o autor e canta também a música seguinte, “39”, além de tocar violão, acompanhado por um grande contrabaixo de orquestra tocado por Deacon e a percussão feita apenas com bumbo e pandeiro por Taylor. Aqui os backing vocals são mais simples, combinando com a letra cujo melhor adjetivo para caracterizá-la talvez fosse singela, contando a história de voluntários que partiram num navio “em direção à manhã azul e ensolarada”. As duas músicas finais do lado A são cantadas por Mercury: a primeira (de May), Sweet Lady, é um rock clássico com guitarra, baixo e bateria compondo com o vocal, e a segunda música Seaside rendezvous, também pequena, de autoria de Mercury, onde um piano se destaca em meio a arranjos vocais de Taylor e Mercury, imitando instrumentos de sopro, seguindo a linha de Lazing on a Sunday afternoon. A primeira música do lado B, The prophet’s song tem início com silêncio e ruídos de vento, até que surge o som de um instrumento japonês de brinquedo, o koto, tocado por May. Este também é o autor da música, que tem uma letra fantástica, meio apocalíptica. Aqui, de novo, durante os 8 minutos da canção, voltam os vocais em overdub, preparando o ouvinte, “profeticamente”, para o grande final do disco.Em seguida, uma música que se tornou campeã no Brasil, Love of my life (Mercury), cantada pelo mesmo, com uma letra melosa, e a gente nem imaginava que a pessoa para a qual ele dedicava tanto amor se chamava Jim Hutton, um bigodudo tranquilo que faleceu no início deste ano. Depois, composta e cantada por May, vem Good Company, onde este excelente músico imita uma jazz band na guitarra e ainda toca o ukelele havaiano, um primo do nosso cavaquinho.O disco se encerra com, nada mais nada menos, do que aquela que é considerada a melhor música do século, Bohemian Rhapsody. A música é show do princípio ao fim, começando com o piano característico e culminando com a ópera cantada por Mercury, May e Taylor. O curioso é que nos deliciávamos com a música, e a maioria de nós não sabia Inglês, achando muito tocante os versos: “Mamãe, acabei de matar um homem, pus a arma na cabeça dele, puxei o gatilho e ele agora está morto”. Apesar disto, esta tragédia é cercada de brincadeiras e firulas vocais, onde os instrumentos são precisos e o resultado incomparável.Há ainda uma vinheta final, com o hino inglês, God save the Queen, nos convidando a ficar de pé. E aplaudir.


quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Acervo do Rock :Queen

A História e as informações que você sempre quis saber sobre seu Artista/Banda preferidos, Curiosidades, Seleção de grandes sucessos e dos melhores discos de cada banda ou artista citado, comentários dos albúns, Rock Brasileiro e internacional, a melhor reunião de artistas do rock em geral em um só lugar. Tudo isso e muito mais...

Queen

Queen foi uma banda de rock que já vendeu mais de trezentos milhões de cópias no mundo inteiro e é liderada atualmente por Brian May (guitarra) e Roger Taylor (bateria). Foi uma das mais populares bandas inglesas dos anos 1970 e 1980, sendo precursora do rock tal como hoje o conhecemos, com magníficas produções dos seus concertos e videoclipes das suas canções. Mesmo nunca tendo sido levada a sério pelos críticos da sua época, que consideravam a sua música "comercial" (a crítica de hoje considera os Queen como uma das melhores bandas de rock de todos os tempos), a banda tornou-se a das mais famosas entre o público, graças à sua mistura única entre as complexas e elaboradas apresentações ao vivo e o dinamismo e carisma da sua estrela maior, o vocalista Freddie Mercury.
O início da banda remonta a 1967, quando Brian May, Tim Staffell e Roger Taylor formaram o trio Smile, no Imperial College em Londres, onde todos estudavam. Após a saída do baixista e vocalista do grupo, Tim Staffell, na Primavera de 1970, May e Taylor foram apresentados por Staffell a Farrokh Bulsara em Abril do mesmo ano, o qual viria a ser o vocalista da nova banda com o nome artístico Freddie Mercury, batizando a banda com o nome Queen. Em 1971, John Deacon completou a formação do Queen como baixista.
Informação geral
Origem:Londres, Inglaterra
País:Reino Unido
Gêneros:Hard rock,Rock progressivo,Ópera rock,Heavy metal,Glam rock
Período em atividade:1970 — 1997
Gravadoras:Parlophone,Hollywood Records
Afiliações:The Cross, Queen+Paul Rodgers
Página oficial:www.QueenOnline.com
Integrantes:Brian May,Roger Taylor
Ex-integrantes:Freddie Mercury (falecido),John Deacon
Membros
Apesar da personalidade extravagante e teatral de Freddie Mercury ter sempre predominado na imprensa, os outros membros da banda foram também responsáveis pela criação de grandes êxitos:
* Freddie Mercury: Vocal e Piano (autor de "Bohemian Rhapsody", "Don't Stop Me Now", "Somebody To Love", "Love Of My Life", "We Are The Champions").
* Brian May: Guitarras, Violão, Ukelele, Toy-Koto, Harpa, Teclado e Vocal, (autor de "I Want It All", "Who Wants To Live Forever", "Tie Your Mother Down", "Now I'm Here", "Dragon Attack", "We Will Rock You")
* Roger Taylor: Bateria, Percussão e Vocal (autor de "Radio Ga Ga", "Calling all girls", "I'm In Love With My Car", "A Kind Of Magic" )
* John Deacon: Baixo, Guitarra, Piano e Teclado (autor de "Another One Bites The Dust", "Need Your Loving Tonight", "You're My Best Friend", "Spread Your Wings", "One Year Of Love", "I Want To Break Free").

A maior parte dos álbums do grupo contém pelo menos uma canção escrita por cada um dos membros, e embora Freddie Mercury tenha escrito muitos dos êxitos do grupo, não era de modo algum o compositor dominante; na verdade, os membros consideravam-se a si mesmo como criadores iguais, e até mesmo o mais quieto membro da banda, o baixista John Deacon, escreveu um dos seus maiores sucessos, "Another One Bites The Dust". Os membros da banda fizeram também músicas juntos como "Friends Will Be Friends" que foi composta por John Deacon e Freddie Mercury, "Stone Cold Crazy" em que todos os membros foram creditados como compositores e também colaborações com outros artistas como no dueto em "Under Pressure" que foi composta por Freddie Mercury e David Bowie. Nos últimos anos, os quatro membros da banda contribuíram coletivamente para as canções que o grupo compunha; por isso, nos últimos álbuns The Miracle e Innuendo, todas as canções são assinadas pelo Queen, e não pelo compositor em único.

História
1968-1971

Brian May e Tim Staffel, amigos de escola, decidem formar uma banda e colocam um anúncio no Imperial College à procura de um baterista ao estilo Ginger Baker (baterista da banda Cream). Roger Taylor responde ao anúncio e junto com Tim e Brian formam o grupo Smile que chegou a abrir shows de Jimi Hendrix. Freddie era colega de quarto de Tim e seguia assiduamente os concertos do grupo. A essa altura, Freddie era vocalista de outras bandas, como os Wreckage e mais tarde o Ibex. Para além disso, não tinha qualquer problema em partilhar as suas ideias acerca da direção musical que os Smile deviam tomar.
Tim decidiu então pôr fim à sua carreira nos Smile e juntou-se a uma banda chamada Humpty Bong. Freddie substituiu-o e muda o nome da banda para Queen, que não agradava de começo os outros integrantes. Então o grupo começa à procura de um baixista profissional. O primeiro seria Barry Mitchell; só em 1971 o grupo descobriu John Deacon. Com a formação definida, o quarteto estava definitivamanete em marcha, possuidores de uma imagem inovadora, desfazendo regras musicais anteriores, compondo temas de absoluta originalidade, nada, ou bem pouco a ver com o resto do rock daqueles tempos.

Anos 1970

O primeiro álbum da banda, intitulado Queen, foi lançado como uma revolução no Reino Unido, mas não teve o sucesso esperado. Este álbum caracterizou-se por um som pesado, misturando a banda à onda heavy metal que já existia na Inglaterra do início da década de 1970. Deste álbum, destaca-se a faixa "Keep Yourself Alive", canção que conseguiu alcançar o Top 40 do Reino Unido.
O segundo álbum, Queen II, já apresentava um som mais melódico, mostrando já a influência que Freddie viria a ter nas composições da banda. Aqui destaca-se a composição "Seven Seas of Rhye", primeira canção da banda a alcançar o Top 10 do Reino Unido.
A partir do terceiro álbum, Sheer Heart Attack, a banda viria a ter os seus álbuns distribuídos pela Trident e EMI, ocasionando assim uma reviravolta na trajetória da banda. Lançado em 1974, o álbum foi o primeiro da banda a estar entre os 10 mais vendidos da Inglaterra, e tornou o Queen conhecido dos dois lados do Atlântico. A turne nos EUA foi um sucesso, o que abriu caminho para que a banda pudesse concretizar a sua obra-prima.
Em 1975, o Queen lançou o disco A Night at the Opera, também conhecido entre os fãs como o "White Album" da banda, numa alusão ao disco de mesma altura dos Beatles. Este disco, primeiro da banda a conseguir disco de platina, primeiro a vender mais de um milhão de cópias, primeiro a atingir o topo das paradas do Reino Unido e EUA, definiu um novo tipo de Rock: o rock arte, realizado como uma grande produção, para ser apreciado por todos os ouvidos. Usando uma técnica de retorno da voz, esse disco criou o som que se tornou marca registrada do Queen e o lançou para a fama. Suas canções refletem o espírito da banda: rock pesado com "I'm Love with My Car"; baladas românticas com "Love of My Life" (que foi apresentada por Mercury no Morumbi - São Paulo em 1981 da seguinte forma: "The things that we do for money." "As coisas que a gente faz por dinheiro.", e foi cantada por toda a multidão que presenciou esse show maravilhoso) e "You're my Best Friend"; experimentalismo com "The Prophet's Song", e uma canção impossível de se classificar, como "Bohemian Rhapsody". Esta Opera Rock, quando lançada em 1975, recebeu críticas por não ter apelo comercial e ser muito longa. No entanto, a gravadora bancou a apósta, e o resultado foi estrondoso: primeiro lugar das paradas durante nove semanas consecutivas, os quatro álbuns dos Queen entre os vinte mais vendidos, um video-clip que ficou conhecido mundialmente pela sua produção e a sua qualidade, iniciando a era do Video-clip e é considerada por muitos o maior clássico da história do Rock n' Roll. Após esse álbum, a banda consolidou-se efetivamente como uma das grandes bandas de Rock, firmando terreno para mais e mais sucessos. Aqui, os seus membros (principalmente Mercury) já apresentavam suas excentricidades que ficariam mundialmente conhecidas. Curiosiamente, quando o álbum foi lançado em K7, a canção Bohemian Rhapsody, sua complexidade era tanta que neste ponto a fita ficava transparente; mais, esta canção sempre que era tocada ao vivo em um dos concertos dos Queen ou era como parte de um meddley ou colocavam uma gravação nas partes mais complexas.
Em 1976, o álbum seguinte, "A Day at the Races" (ambos uma ironia, por se tratarem de títulos de filmes dos Irmãos Marx), foi mais dirigido pela guitarra de Brian May e pela bateria de Roger Taylor, tendo, portanto, canções mais pesadas, tais como "Tie Your Mother Down" e "White Man". No entanto, aqui encontramos outra obra-prima vocalística de Freddie Mercury: "Somebody to Love", uma canção recheada de exageros vocais e complexas passagens vocais, que tornou-se exito imediato e que foi executada excepcionalmente em 1982, no Show Queen On Fire, mais conhecido como Live at the Bowl.
Em 1977, "News of The World" trouxe os grandes hits dos estádios da banda, "We Will Rock You" e "We Are the Champions", além da belíssima "Spread Your Wings", composta pelo baixista John Deacon.Os Queen serviram-se muito dos grandes estádios, fazendo shows marcantes (sobretudo se considerarmos que o som era feito exclusivamente pelos quatro integrantes, salvo ajudas de Spike Edney nos últimos shows), que criavam uma relação única com o público, sendo reconhecidos até mesmo pela crítica (alguns consideram os shows feitos pelo Queen em Wembley em 1986 como os melhores shows de rock de todos os tempos, sem falar no estrondoso público de 250 mil pessoas do Rock in Rio).
"Jazz", o álbum seguinte, de 1978, foi mal-recebido pela crítica, sob a alegação que o álbum pouco tem a ver com Jazz, apesar do instrumental acústico refinadíssimo e a alma nervosa e suave das canções - o que parece ser o motivo do nome, não suas semelhanças formais imediatas com o jazz (como acontecia por exemplo com os álbuns de Led Zeppelin, em que se pode dizer que este tom é muito mais evidente). Jazz também decepcionou a banda com relação à aceitação do público. Apesar disso, obteve alguns sucessos, como "Fat Bottomed Girls" e "Bycicle Race" (esta última, no Estádio de Wimbledon, teve como produção uma volta completa no estádio de dezenas de mulheres nuas em bicicletas, o que causou um certo choque na opinião pública).
Em 1979 lançam "Live Killers", um álbum duplo gravado ao vivo na sua turné mundial entre Janeiro e Abril. Brian May aparece espetacularmente em "Brighton Rock" chegando a ser mencionado por Eric Clapton como um dos melhores guitarristas no cenário do rock mundial.

Anos 1980

O ano de 1980 marcou uma mudança no som da banda, até então sempre ressaltada nas capas dos seus discos com a frase "No Syntethizers!". Após o lançamento do álbum ao vivo "Live Killers", em 1979, os Queen lançaram o álbum "The Game",combinação entre o glam rock dos anos 1970 e a plasticidade da década seguinte, o qual demonstrava a intenção da banda em inserir na sua música a eletrônica. Este álbum foi um sucesso principalmente nos EUA, onde a canção "Another One Bites The Dust", com sua belíssima linha de baixo (inspirada na canção do Good Times da banda Chic),[1][2] alcançou o topo das paradas de rock, soul e disco. Além dessa canção, o rockabilly "Crazy Little Thing Called Love" tornou-se outro sucesso da banda.
Então, a banda lançou a trilha sonora do filme "Flash Gordon", em 1980. Este disco, pela primeira vez, representou um grande fiasco da banda, não agradando tanto a crítica quanto os fãs.
Com sua popularidade reduzida na Europa, fortemente impactada pela onda Punk que surgia no Reino Unido, o Queen passou a buscar novos mercados para seu som, iniciando visitas a países fora do eixo EUA-Europa-Japão. Pela primeira vez uma grande banda realizava turnês na América do Sul e África. Na sua primeira passagem pelo Brasil, em 1981, nos doze meses que antecederam o show as rádios de São Paulo só tocavam as canções dos Queen.
O lançamento do disco "Hot Space", em 1982, trazia um som muito diferente,substituindo o heavy metal e o hard rock, por um estilo mais disco/funk, e música eletrônica, foi recebido com alguma desconfiança pelos fãs, que já não viam ali a mesma criativa e inovadora banda, no entanto a sua turnê foi um grande sucesso mostrando que mesmo com um álbum pouco conceituado as suas exibições continuavam a atrair mais público. Neste álbum, temos a primeira participação dos Queen com outro cantor, David Bowie, na faixa "Under Pressure".
Essa época,antecipava a carreira a solo de Freddie divorciada do rock virando-se para a pop e eletrônica. Já eram conhecidas as brigas e discussões dos integrantes da banda, com constantes idas e vindas, ameaças de saída, entre outros problemas,no entanto a banda sempre se manteria junta. Essa década foi marcada pelos trabalhos solo dos integrantes do grupo, marcando assim uma maior distância entre os álbuns. Ficou conhecida na imprensa inglesa a briga que os integrantes promoveram entre as gravações do disco The Works.
Após lançar "The Works", em 1984, o Queen teve no ano seguinte a sua redenção. Convidados para participar do Rock in Rio, verdadeira cidade do Rock construída no Rio de Janeiro, a banda roubou a cena dos espetáculos, tanto pelas excentricidades de seus integrantes quanto pela beleza de suas apresentações ao vivo, realizados para mais de 250 mil pessoas com a tranquilidade de um espetáculo caseiro.
Em 13 de Julho de 1985, o Queen mostrou a todo o mundo sua condição de Estrela do Rock, ao atrair todas as atenções para o show beneficente Live Aid, em prol das vítimas da fome na África.Essa apresentação do Queen no Live Aid é para muitos críticos o maior show de rock de todos os tempos.
Em 1986 a banda lança o disco "A Kind of Magic", contendo a trilha sonora do filme "Highlander". Este disco trouxe os Queen de volta as paradas de sucesso, com canções bem mais produzidas como "Who Wants To Live Forever", "Friends Will be Friends", "A Kind of Magic" e "One Vision".
No mesmo ano a banda inicia a Magic Tour, a turnê que gerou mais lucros para o Queen, com estádios lotados, e vários registros em video e audio. A turnê foi feita apenas em países europeus.
Em 9 de Agosto de 1986 o Queen se apresentou pela última vez em público. Eles não conseguiram o Wembley novamente pois o estádio já estava reservado, então Roy Thomas Baker(empresário do Queen e ex-produtor da banda), consegue agendar um show no Knebworth Park, que teve todos os ingressos vendidos em duas horas; mais de 140 mil fãs se espremeram no parque para vislumbrar o Queen ao vivo pela última vez. Especula-se que o grupo já sabia de antemão, que tratava-se de uma despedida dos palcos.
Em 1987 o Queen sai de férias, Freddie Mercury lança seu segundo álbum solo "The Great Pretender". Mais tarde Freddie descobre um caroço em seu ombro, e vai consultar seu médico, que ao fazer a biopsia do caroço descobre que Freddie Mercury é soropositivo. Freddie Mercury então conta á Jim Hutton, na época seu namorado e mais tarde a Roger Taylor. No entanto, esta ideia é controversa, pois várias pessoas confirmam diversas possibilidades de como Mercury descobriu que tinha AIDS, tal como quem foi o primeiro amigo a saber. Em documentário de sua vida, há histórias de que Freddie já teria contraído a doença antes do Rock in Rio e, inclusive, tinha feito o show com a notícia fatal em conhecimento. Há quem acredite que o primeiro a perceber a doença depois do cantor e o médico foi John Deacon, que, durante uma das festas de aniversário de Freddie Mercury, havia notado uma série de feridas em suas costas, quando o cantor encontrava-se dentro da piscina. Interrogado pelo baixista, Freddie resolveu admitir que era soropositivo e, logo após, teria contado aos demais integrantes da banda.
Em 1988 Freddie Mercury faz seu terceiro álbum solo com a participação da soprana Montserrat Caballé (a cantora preferida de Freddie Mercury). A música título do álbum mais tarde virou o hino das Olimpiadas de Barcelona 92'. No mesmo ano,Roger Taylor monta uma banda paralela chamada "The Cross" e Brian May segue carreira solo em trabalhos paralelos.
Em 1989 o Queen retorna a ativa e lança o disco "The Miracle" o primeiro a ser lançado em LP e CD simultaneamente, que ficou conhecido pela complexidade de sua capa, então um desafio para os níveis de computação gráfica da época. O Disco trazia grandes sucessos como: The Miracle, I Want It All, Scandal, Breakthru e Invisible Man. O álbum obteve um grande sucesso,e mais do que nunca esse álbum foi o símbolo de que o Queen estava mais unido do que nunca.

Anos 1990

Em 1991 começaram a surgir rumores mais fortes de que Freddie Mercury estava com AIDS. O cantor negou, mas sabendo da verdade (assim como seus companheiros de banda), ele decidiu gravar um álbum livre de conflitos e diferenças. Este álbum foi Innuendo. Embora sua saúde começasse a se deteriorar, Mercury esforçou-se para finalizar suas contribuições. Destacam-se as canções "The Show Must Go On","These Are The Days Of Our Lives","Innuendo" e "I'm Going Slight Mad".
Em Abril os Queen gravaram o video clipe da música "These Are The Days Of Our Lives" onde se pode ver um Freddie Mercury muito magro e com uma voz mais fraca,o que causa preocupação de seus fãs quanto ao seu estado.
Monta se então uma vigilia em frente sua casa no Garden Lodge,com reporteres da impreensa e fãs.
Em 26 de Novembro de 1991, em uma declaração gravada em seu leito de morte, Freddie Mercury finalmente divulgou que tinha AIDS. Doze horas depois do anúncio, Mercury morreu vítima de uma broncopneumonia aos 45 anos de idade. Seu funeral foi privado, feito de acordo com os princípios religiosos zoroástricos de sua família.Freddie foi cremado e suas cinzas estão no Garden Lodge.
Em 20 de Abril de 1992 o público dividiu a tristeza pela perda de Freddie no "The Freddie Mercury Tribute Concert", realizado no Estádio de Wembley de Londres em sua homenagem. Músicos como Annie Lennox, David Bowie, Def Leppard, Elton John, Extreme, Guns N' Roses, George Michael, Liza Minnelli, Metallica, Robert Plant, Roger Daltrey e Tony Iommi, juntamente com os integrantes remanescentes dos Queen, tocaram os maiores sucessos da banda.
Os Queen na verdade nunca se separaram, embora seu último álbum de inéditas tenha sido lançado em 1995, ironicamente intitulado Made In Heaven ("Feito No Paraíso"). Lançado quatro anos depois da morte de Freddie, foi feito a partir das últimas sessões gravadas pelo cantor em 1991, além de material descartado de álbuns anteriores.
Em 1997, John Deacon, depois de gravar o video clipe "No one But You" (música em homenagem a Freddie Mercury) junto com o Queen, decide sair da banda para se dedicar a sua família.

Anos 2000

Em 2005 os membros remanescentes do Queen (Brian May e Roger Taylor) juntam-se a Paul Rodgers, ex-integrante do grupo Free e do Bad Company,e fazem uma extensa turnê pela europa e que até virou um registro em DVD chamado "Return Of The Champions"
Em 2007 o Queen lança o compacto single "Say It's Not True" que foi lançado também para download na internet. A música, composta por Roger Taylor, fala sobre a AIDS.
Em 2008 o Queen+Paul Rodgers lançam o 1°. álbum inédito desde o Made in Heaven, chamado "The Cosmos Rocks".
Em 2009 o Queen+Paul Rodgers se separa, a mais provavel causa é que Paul Rodgers voltaria a tocar para a sua ex-banda: Bad Company.

Queen ao vivo

As apresentações ao vivo dos Queen eram verdadeiramente inovadoras, empregando grande quantidade de luzes, pirotecnias e outros efeitos especiais que transformavam o espetáculo em um evento teatral. A energia com que tocavam, a empolgação, era tão natural e genuína que frequentemente a platéia se juntava a eles cantando e participando. Mercury emergia-se na adulação do público e personificava sua empolgação, uma característica a qual muitos, inclusive Kurt Cobain e Axl Rose, demonstravam profunda admiração.
Os Queen começaram a compor canções com o propósito específico de envolver a platéia, como "We Will Rock You" e "We Are The Champions" e outras, como "Radio Ga Ga", que incluíam palmas como meio rítmico. Isso resultou num momento marcante no Live Aid quando cada pessoa da multidão de quase cem mil pessoas no estádio Wembley batia palmas por sobre suas cabeças em uníssono durante "Radio Ga Ga".
Os Queen embarcaram em muitas turnês bem-sucedidas, com shows memoráveis (incluindo a histórica apresentação no Live Aid) feitos no Estádio Wembley na Inglaterra e na "Cidade do Rock", local montado especialmente para o festival Rock in Rio no Brasil,e a última turnê do grupo, divulgando o álbum A Kind of Magic.
No entanto, devemos caracterizar os concertos por fases distintas. Na década de 1970, em particular as excursões para promover os álbuns Queen II (1974), Sheat Heer Attack (1974) e A Night at The Opera (1975), o grupo tocava várias canções em formato medley, versões curtas de hits, para ganhar fôlego com canções mais difícieis de serem executadas ao vivo. Como a maioria das canções destes discos possuíam longa duração, a estratégia funcionava, mas para quem conhece mais profundamente o trabalho da banda, o resultado não era tão bom. Canções de boa parte destes discos (ricos, experimentais e inovadores)não foram mais tocadas a partir da década de 1980, quando sintetizadores tomaram parte do som dos Queen. Para muitos críticos, o Queen conseguia superar seus discos tocando ao vivo, o que é raro num show, mesmo sendo fiel aos arranjos de estúdio. Outros temas, de fato, não atingiam uma qualidade comparável no disco, como a melódica "Life Is Real" (do álbum Hot Space, 1982), homenagem a John Lennon, e "The March Of The Black Queen" (Queen II).
Na década de 1980 os hits mais conhecidos eram explorados em todas as turnês, com versões mais rápidas, ora adicionando ou retirando arranjos. Muitos destes shows estão disponíveis no You Tube.
Com Paul Rodgers, o Queen voltou à estrada em 2005, com o lançamento de um DVD e CD batizado "Return of the Champions".
Isso mesmo, em 26 de novembro de 2008 o Queen voltou a tocar no Brasil depois de vinte e três anos. Agora para divulgar o disco "The Cosmos Rock" (2008) tornando-se oficialmente o mais recente depois de "Made in Heaven" (1995). Agora como trio (May, Taylor e Paul Rodgers) fizeram dois concertos bem-sucedidos no Rio de Janeiro e em São Paulo. O disco também foi lançado em vinil.

Canções mais conhecidas

* "Bohemian Rhapsody" (Freddie Mercury)
* "Another One Bites The Dust" (John Deacon)
* "Killer Queen" (Freddie Mercury)
* "Fat Bottomed Girls" (Brian May)
* "Keep Yourself Alive" (Brian May)
* "Friends Will Be Friends" (Freddie Mercury / John Deacon)
* "Don't Stop Me Now" (Freddie Mercury)
* "Save Me" (Brian May)
* "Crazy Little Thing Called Love" (Freddie Mercury)
* "Somebody To Love" (Freddie Mercury)
* "Now I´m Here" (Brian May)
* "Play The Game" (Freddie Mercury)
* "You're My Best Friend" (John Deacon)
* "The Show Must Go On" (Brian May)
* "The Millionaire Waltz" (Freddie Mercury)
* "Las Palabras De Amor (The Words Of Love)" (Brian May)
* "Ogre Battle" (Freddie Mercury)
* "Love Of My Life" (Freddie Mercury)
* "In The Lap Of The Gods... Revisited" (Freddie Mercury)
* "We Will Rock You" (Brian May)
* "We Are The Champions" (Freddie Mercury)
* "Tie Your Mother Down" (Brian May)
* "Under Pressure" (Freddie Mercury & David Bowie)
* "I Want To Break Free" (John Deacon)
* "Radio Ga Ga" (Roger Taylor)
* "A Kind Of Magic" (Roger Taylor)
* "I Was Born To Love You" (Freddie Mercury)
* "Who Wants To Live Forever" (Brian May)
* "Breakthru" (Queen)
* "I Want It All" (Queen)
* "One Vision" (Queen)
* "Hammer To Fall" (Brian May)

Queen no cinema:





O Queen contribuíu diretamente para os filmes Flash Gordon e Highlander (o filme original, dirigido por Russell Mulcahy). Vários outros filmes tiveram canções do grupo, incluindo Águia de Aço, A Vingança dos Nerds, Quanto Mais Idiota Melhor, Pequenos Guerreiros, Máquina quase mortífera, Super Size Me - A Dieta do Palhaço, Coração de Cavaleiro, Todo Mundo Quase Morto e Eu os Declaro Marido ... e Larry
Recentemente, Brian May anunciou a intenção de gravar um filme biográfico de Freddie Mercury. O projeto evoluiu rápido, sendo notícia em vários jornais.([1]). Houve boatos de que o escolhido para representar Freddie fora o ator inglês Sacha Baron Cohen, famoso pelo recente sucesso mundial Borat, porém o próprio ator os desmentiu.[3] Também não foram confirmados os rumores de que Johnny Depp irá estrelar o filme. A biografia do cantor britânico será produzida por Robert De Niro.

Queen no teatro musical

No dia 14 de maio de 2002, um musical ou "teatro de rock" baseado nas canções dos Queen, intitulado de We Will Rock You, estreou no Dominion Theatre no West End de London. O musicial foi escrito pelo comediante e autor inglês Ben Elton em colaboração com Brian May e Roger Taylor. Ele foi desde então apresentado em Barcelona, Espanha; Melbourne, Austrália; Amsterdã, Países Baixos, e Las Vegas, Nevada, Estados Unidos da América, além de um show no Japão em comemoração ao 130º Aniversário da empresa Toshiba.
O lançamento do musical coincidiu com o jubileu de ouro da Rainha. Como parte da celebrações do jubileu Brian May apresentou um solo de guitarra de God Save the Queen, como apresentado no álbum dos Queen A Night at the Opera, no Palácio de Buckingham.
A nova investida dos integrantes remanescentes
No final de 2004, Brian May e Roger Taylor participaram num concerto de beneficência em prol das vítimas da AIDS, tendo como vocalista, Paul Rodgers (ex-vocalista das bandas de blues-rock e hard-rock Free, Bad Company e The Firm). Esse concerto foi determinante na decisão de se fazer uma nova turné dos Queen em 2005, inicialmente chamada "Queen + Paul Rodgers's Tour 2005", a ser realizada, a princípio, na Europa. Com a desistência do baixista John Deacon, por motivos não completamente esclarecidos até o presente momento, os integrantes da banda procuraram alternativas para completar a sua formação. Inicialmente, convidaram o guitarrista Jamie Moses, que acompanha Brian May nas suas investidas solo, para a guitarra base, além do eterno "quinto elemento" dos Queen, Spike Edney, nos teclados. Posteriormente, foi convidado para ser o baixista oficial da turné Danny Miranda, que participava na versão de Las Vegas do musical We Will Rock You. Esta previsto para o Queen+Paul Rodgers lançar seu 1ºalbum de inéditas dia 1ºde setembro de 2008 cujo o nome é "The Cosmos Rocks"com Paul Rodgers nos vocais.O Queen não lança um álbum com músicas inéditas há 13 anos,o último foi Made In Heaven(1995) que foi feito com ultimas sessões de gravações de Freddie Mercury morto no dia 24 de Novembro de 1991 vítima da AIDS.

Discografia

Álbuns oficiais
1973 Queen
1974 Queen II
1974 Sheer Heart Attack
1975 A Night at the Opera
1976 A Day at the Races
1977 News of the World
1978 Jazz
1979 Live Killers
1980 The Game
1980 Flash Gordon
1982 Hot Space
1984 The Works
1986 A Kind of Magic
1986 Live Magic
1989 The Miracle
1991 Innuendo
1992 Live At Wembley '86
1994 Made In Heaven
2004 Queen on Fire - Live at the Bowl
2005 A Night at the Opera 30th Anniversary
2005 Return of the Champions
2008 The Cosmos Rocks
2009 Live in Ukraine
Álbuns não-oficiais
* Live In Morumbi
* Final Live In Japan
* Live in Rock In Rio
* Tribute
Compilações
* Greatest Hits (Queen) (1981)
* The Complete Works (1985): todos os álbuns de 1973-1985 mais material bónus.
* Queen at the Beeb (1989)
* Greatest Hits II (Queen) (1991)
* Classic Queen (1992)
* Greatest Hits Hollywood (1992)
* Greatest Hits Parlophone (1994)
* At the Beeb (1995)
* Greatest Hits, Vols. 1-2 (1995)
* Queen Rocks (1997)
* The Crown Jewels (1998)
* Greatest Hits III (Queen) (1999)
* Platinum Collection, Vols. 1-3 (2001)
* Greatest Hits: We Will Rock You Edition (2004)
* Return Of The Champions (2005)
* Queen Collection (2007)
* Queen Collection 2 (2008)
Turnês
* Sheer Heart Attack Tour 1974-1975
* A Night At The Opera Tour 1975-1976
* Summer Gigs 1976 1976
* A Day At The Races Tour 1977
* News of the World Tour 1977-1978
* Jazz Tour 1978-1979
* Crazy Tour 1979
* The Game Tour 1980-1981
* Hot Space Tour 1982
* The Works Tour 1984-1985
* Magic Tour 1986
* Queen + Paul Rodgers Tour 2005-2006
* Rock the Cosmos Tour

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

QUEEN EN RIO: HACE 25 AÑOS


Viernes 11 de Enero de 1985. Un día como hoy, hace 25 años, se daba inicio a uno de los más grandes festivales de rock en Sudamérica: "ROCK IN RIO", que duró 10 días hasta el 20 de enero, y que se realizó en Barra de Tijuca, y en el cual figuraba QUEEN, entre otros grandes grupos y artistas como Yes, Rod Stewart, AC/DC, Whitesnake, Iron Maiden, Ozzy Osbourne, B-52's, The Go Go's, James Taylor, Al Jarreau, George Benson, Nina Hagen, entre otros. Recuerdo como si fuera ayer cuando se supo a través de un diario la noticia de la realización de dicho festival, y sobretodo, cuando supe que QUEEN sería parte de dicho festival en dos fechas. Eran épocas universitarias y a fines de 1984 la expectativa era grande. Por un lado, el que escribe tenía 22 años y aún estaba en 6º ciclo de Facultad de Derecho hacia finales de 1984, y no era tan fácil decir "me voy a Rio", sobretodo si dependías de tus padres. Así que la idea de viajar a ver a QUEEN estaba descartada de plano porque era inviable financieramente hablando. Y por otro lado, tras haberse reivindicado QUEEN con el album "THE WORKS", era genial saber que QUEEN retornaba a Sudamérica luego de más de 3 años -cuando se presentaron en Venezuela en setiembre de 1981-, y con un album más rockero y volviendo a su estilo tradicional. Eso era lo que me iba a perder, pero cuando en enero del 85 estaría atento a toda noticia relacionada al festival y a las actuaciones de QUEEN.
Al llegar el año 1985, ya contaba los días para que llegara el viernes 11 de enero, que sería la fecha inaugural de "ROCK IN RIO", y en la cual, QUEEN se encargaría de ser el número estelar. Esa noche inaugural comenzó -como fue costumbre en los siguientes 9 días- con 3 números brasileños: Ney Matogrosso, Erasmo Carlos y Baby Consuelo & Pepeu Gomes, para el deleite del público carioca. Luego, a eso de las 10 pm, seguiría el primer número especial de la noche: Whitesnake, quien fuera una incorporación de último minuto, porque estaba anunciado Def Leppard, y por el lamentable accidente que tuvo su baterista a fines de 1984 el cual perdió un brazo, el grupo canceló su participación en Río. Bajo la batuta de David Coverdale, el grupo ofreció un show impecable. Acto seguido, alrededor de la medianoche, continuó Iron Maiden -grupo que se presentó en Perú el año pasado en un show memorable- y el rock duro siguió haciendo de las suyas. Y finalmente, lo que todos los fans en esa noche habían estado esperando: el retorno de QUEEN a Sudamérica. A eso de las 2 de la madrugada del 12 de enero, QUEEN subió a escena. Recuerdo que ese viernes 11 de enero en la noche, o para ser más exactos, en la madrugada del 12 de enero, yo sencillamente pensaba, "¿Qué estará tocando QUEEN en este momento?". No olvidemos que en ese año 85 no había internet ni menos Youtube. Al día siguiente, en el diario "Expreso", se cubrió la noticia del inicio de "ROCK IN RIO" y resaltó la performance de QUEEN en la primera noche. Se sufría a la distancia por la impotencia de no poder estar allí.
Pero algo que consideré muy positivo, fue que Radio Panamericana -cuando era una emisora muy distinta a lo que es ahora- mandó a dos destacados DJs de su staff a cubrir el evento: Johnny López y Javier Lishner. Era algo que no se había hecho antes y generó expectativas en los oyentes de dicha radio. Recuerdo muy bien, los reportes que enviaban tanto Javier como Johnny, donde entrevistaban al público brasileño que sentía este festival como una verdadera fiesta y como un anticipo de sus tradicionales carnavales de febrero. Pero lo mejor de todo, fue cuando supe en la TV, que Canal 5, o Panamericana Televisión transmitiría del 15 al 30 de enero, de lunes a viernes de 6 a 7 pm, especiales sobre dicho Festival, siendo QUEEN uno de los grupos cuya actuación se difundiera más. Y ese martes 15 de enero a las 6 pm en punto yo ya estaba pegado frente al televisor sin que nadie me moviera de allí. Lo gracioso es que varias veces mi viejita me acompañaba viendo lo que pasaban en Canal 5. Y ese martes 15 fue estupendo porque pasaron 3 temas de QUEEN: "Love Of My Life", "Hammer To Fall" y "Crazy Little Thing Called Love", y hubo un momento en que marcó para mí la impresión que tuve de Brian May. Hasta antes de eso, siempre lo ví como el guitarrista típicamente inglés, frío y inexpresivo. Pero justo en ese primer programa en donde se estaba cubriendo la antesala del festival y escenas de los grupos y artistas participantes en Río, ví una breve escena en que un niño o una niña -honestamente la escena fue tan rápida que no me permitió diferenciar- se acercó a Brian, y Brian con una sonrisa amplia, natural y sincera, lo cargó y le dio un beso y le sonrió. Esa escena me quedó grabada y me mostró la sencillez de este gran músico, algo que después, algunos años más tarde, llegué a constatar personalmente por correo. Pero eso es otra historia, siguiendo con ese primer programa, me quedé impresionado con lo que ví de QUEEN. En "Love Of My Life" fue impresionante ver a toda la muchedumbre cantar con Freddie este inmorta himno. En "Hammer To Fall", era la demostración con un tema del "THE WORKS" que QUEEN había vuelto a su esencia rockera, alejándose de experimentos discotequeros que tanto daño le hicieron. Y con "Crazy Little Thing Called Love", QUEEN demostraba su fuerza rockanrollera en el escenario y en estos dos últimos temas, fue la primera vez que ví a alguien distinto a QUEEN compartiendo el escenario con el cuarteto. Tras haber visto estos 3 temas, lo primero que me dije a mí mismo con emoción: "¡QUEEN vive, carajo!, ¡QUEEN ha vuelto a su esencia rockera!".
Los siguientes días, de 6 a 7 pm, no me moví de mi casa para nada y disfruté de los tros shows como el Rod Stewart -quien ayer cumplió 65 años de edad-, Yes, B-52's y James Taylor. Aunque no soy muy fan del rock duro, pero sí reconozco que la noche del rock duro en el festival fue de lujo: AC/DC, Iron Maiden, Whitesnake y Ozzy Osbourne. Para terminar sin energía. Y por supuesto, en los sucesivos días también pasaron más temas de QUEEN. En un día pasaron "Radio Ga Ga" y "I Want To Break Free" -la perfomance de la primera noche cuando Freddie salió vestido como en el video-, que generó el mito urbano que el público protestó porque consideraban esa canción como un himno contra la dictadura y por ello, en su 2º performance, cuando QUEEN interpretó este tema, Freddie salió sin ningún atuendo alusivo al video. También pasaron "Under Pressure" y "Somebody To Love" en otra día. Y finalmente el viernes 18 de enero se vio el medley compuesto por los temas "Killer Queen", "Seven Seas Of Rhye", "Keep Yourself Alive" y "Liar", toda una delicia para el fan de QUEEN de las primeras épocas. QUEEN había vuelto a su raíces rockeras, con más fuerza que nunca.
Ese día viernes 18 de enero, QUEEN ofrecería su segunda performance en el festival. Los números previos fueron Kid Abelha & Os Abóboras Selvagens, Eduardo Dusek, Lulu Santos, The B-52's y Go Go's. Y QUEEN nuevamente cerraba dicha noche con lo mejor de su repertorio. El set list en ambas noches sería el siguiente:
Machines (intro)Tear It UpTie Your Mother Down
Under Pressure
Somebody To LoveKiller QueenSeven Seas Of RhyeKeep Yourself AliveLiar
ImprovisationIt's A Hard LifeDragon Attack
Now I'm Here
Is This The World We Created?
Love Of My LifeGuitar soloBrighton Rock finaleAnother One Bites The DustHammer To FallCrazy Little Thing Called LoveBohemian RhapsodyRadio Ga GaI Want To Break FreeJailhouse RockWe Will Rock YouWe Are The ChampionsGod Save The Queen
Luego de ver lo que pasaron de QUEEN en estos programas, se consolidó mi pasión por QUEEN y su música. Aunque por otro lado, el saber que habían estado en Sudamérica generaba una gran impotencia. Tan cerca y tan lejos. Poco después, se editaría una revista con fotos del Festival tomadas por Javier Lishner y Johnny López, que contenía muy buenas fotos, no solo de QUEEN, sino del resto de participantes, y la cual me la compré de inmediato, y hasta ahora, 25 años después, aún la conservo entre mis preciados libros y revistas sobre QUEEN. Al año siguiente, al hacerme miembro del "Official International QUEEN Fan Club" supe que se había lanzado un video en VHS llamado "LIVE IN RIO", de una hora con lo mejor de las dos performances de QUEEN en "ROCK IN RIO" y fue el único número de dicho festival en lanzar un video oficial de su performance. En 1987 gracias a un pen pal de USA, pude conseguirme grabado en VHS el video "LIVE IN RIO" y allí pude ver algunos de los temas que no llegaron a pasarse en los programas diarios en Canal 5 en enero del 85.
Quiero terminar este post, anunciando que mañana martes 12, estaré posteando una nota y una entrevista a Javier Lishner, quien tuvo el privilegio de ver a QUEEN en esas dos performances. Javier, quien es gran amigo personal mío, aceptó gustoso dicha entrevista y en ella nos contará sobre su experiencia con QUEEN cuando estaba en Radio Miraflores y Radio Panamericana, y lo que fue para él ver a QUEEN en vivo en 1985, entre otras cosas más. No se lo pierdan mañana martes.
Han pasado ya 25 años de dicho festival, y el recuerdo permanece intacto. Y si uno analiza con más cabeza fría, se puede ver que la voz de Freddie no estuvo en ese festival como en otros shows, como "Live Aid" ese mismo año, o en el "MAGIC TOUR" al año siguiente. Pero el show de QUEEN fue espectacular y significativo porque tras el bajón con "HOT SPACE", reconcilió a QUEEN con su hinchada sudamericana. Y fue también un momento importante en la trayectoria de la banda, sin duda alguna. Después habría otro festival "ROCK IN RIO II", el cual tuvo su encanto, pero fue distinto al primero. Y los que vinieron, incluso hasta en Lisboa, y ahora que se anuncia en Madrid para este 2010, ya sería algo completamente diferente. Porque la magia que vivió en Río en esos 10 días fue fantástica y porque era la primera vez que se vivía algo así en Sudamérica, y que incluso, para los fans rockeros que se encontraban en el resto de paises de Sudamérica sentían la expectativa de lo que ocurriría en todos esos días. Y hoy, 25 años después, lo sigo recordando como si fuera ayer.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

JIM HUTTON R.I.P.



Acabo de ver en el perfil de Jim Jenkins -quien es la persona que más sabe sobre QUEEN en el mundo- en su Muro del Facebook, la confirmación de la noticia del fallecimiento de Jim Hutton, probablemente a causa del SIDA, el día de hoy, 1º de enero del 2010 y la noticia ha sido confirmada posteriormente por Peter Freestone en su Muro. Y en este link se mencionan que los funerales de Jim serán este domingo 3 a las 11 de la mañana hora de Irlanda (http://www.rip.ie/death_notices_detail.asp?NoticeID=93540).


Como ya saben, Jim Hutton fue la última pareja de Freddie Mercury en sus últimos 6 años y fue quien lo acompañó y cuidó de él hasta el final de sus días. Y como una manera de recordarlo he querido postear mi opinión muy personal sobre lo que fue su libro "MERCURY AND ME", el cual ha sido vapuleado por muchos fans de QUEEN, sobretodo, fans de Freddie.
Para comenzar, parto de la base que quien habla fue alguien que vivió esos años cuando QUEEN existía como banda vigente, desde fines de los 70's, en los 80s y en los primeros años de los 90's. Como fan de QUEEN siempre tuve interés en la música de QUEEN y en toda noticia que llegaba sobre QUEEN, su música o sus integrantes. Tengan en cuenta que en esos años no había ni Internet ni correo electrónico. Y cuando te haces fan de un grupo o artista determinado, también nace el interés en querer saber más sobre su vida personal.
Cuando en el año 1995 me enteré que había salido este libro llamado "Mercury & Me", mi primera reacción fue igual a la de muchos acá: "Que se vaya a la m....", "Yo jamás voy a leer esa basura", "Que lo compre su madre", etc, etc, etc. Recuerdo que en diciembre de 1995 estaba en la tienda de discos de un amigo mío Jorge Cox -ya fallecido- y justo estaba yendo a recoger el video de "Champions Of The World" que acababa de salir al mercado. Me acuerdo que lo compré y en eso mi amigo me dice, "Me ha llegado también este libro" y me muestra el "Mercury & Me" y me dice "Chequéalo, si gustas". Por curiosidad, me puse a darle una mirada, y debo confesar que me gustaron las fotos, ya que muchas eran "nuevas", ya que jamás las había visto antes. Y mi amigo me dice, "Llévatelo y me lo pagas en partes". Mi primera reacción fue "No, gracias, paso". Pero mi amigo insistió y me dijo, "Si te parece, te hago un buen descuento, y encima me lo pagas en partes". Ante eso, me puse a pensar, "Por que no?". Si voy a dar mi opinión sobre este libro o sobre Jim Hutton, será después de haber leído el libro y no prejuzgando sin siquiera haberlo leído. Además, como alguien que vivió esos años 90 y 91, con la incertidumbre de saber si Freddie estaba enfermo o no, debo confesar que siempre sentí curiosidad de saber que había sucedido de verdad en esos años dentro de la casa de Freddie. Los fans de QUEEN de ese entonces, siempre habíamos visto la mansión de Freddie como un fortín impenetrable y no me averguenza admitir que me moría de la curiosidad de saber que pasaba detrás de esa puerta.
Luego de leer el libro, tuve una serie de sentimientos encontrados.


En primer lugar, me pareció un libro que hablaba con la verdad, pero que cometió muchos excesos, siendo el más evidente que se abundara en detalles sobre la vida íntima de Freddie y sobre su relación de pareja.


TODOS sabemos que Freddie fue siempre muy reservado y JAMAS le gustó hablar sobre su vida privada y creo que eso debió haber sido tomado en cuenta por Jim Hutton, quien en ese aspecto, violó la voluntad de Freddie de revelar aspectos de su vida privada y con eso, se ganó el odio de muchos fans de QUEEN, pero sobretodo, los fans de Freddie. Creo que sin tanto detalle, pudo haber sido un libro mucho mas interesante, ya que hasta el mismo Peter Freestone también ha escrito un libro, el cual no he leído y no puedo emitir opinión sobre lo que no conozco.
Ahora, antes de lanzar una crítica negativa hacia alguien, siempre trato de ponerme en los zapatos de la persona para poder evaluar si estuvo bien o mal. De la lectura de este libro, queda claro que Jim Hutton fue la última pareja de Freddie, y que de una u otra forma, Freddie fue feliz con él. De otra forma, ya Freddie lo hubiera expectorado sin asco, no lo creen? Y en esos años, no podías hacer como ahora, proclamar a todos tu relación con otro hombre.


Freddie JAMAS dijo que era gay, y por tanto, era imposible que el mundo supiera que vivía feliz con Jim Hutton. Era más fácil decir que había sido feliz con Mary Austin -ya que a fin de cuentas, Mary era mujer- que afirmar que lo era con Hutton. Esos temas no se ventilaban abiertamente -como ocurre ahora donde ves a Elton John hasta casandose con su pareja de siempre- en la década del 80 ni a inicios de los 90's, ya que el conservadurismo era bien fuerte y ese tema hasta se consideraba como medio tabú. Si Freddie viviera y esa relación se hubiera dado en estos días, la situación sería otra, ya que hay mucho más tolerancia en estos temas en la actualidad.
A eso debe agregarse que para todo el mundo, Mary Austin fue el primer amor oficial de Freddie y que fue conocido por todos, y que ante el silencio obligado que debía guardarse de la relación de Freddie y Jim, también sería señalado como su "único" y "último" amor. Recuerdo que en esas noticias provenientes de diferentes partes del mundo en 1991 sobre Freddie después de su muerte, TODAS coincidían en algo: Freddie murió solo y sin amor. Eso era vox populi en todo el mundo, y encima, se agregaba que Mary Austin fue su UNICO amor.


Despojándonos de todo tipo de prejuicio, hago simplemente una pregunta: ¿Ustedes se imaginan como se habrá sentido Jim Hutton, luego de haber sido parte de la vida de Freddie en los últimos 6 años, y quien lo acompañó hasta el final, al ver como para todo el mundo, el no existió en la vida de Freddie? Seamos honestos, el tipo fue ninguneado por todo el mundo, y reducido a la categoría de insecto porque para el mundo solo existió Mary y nadie más.
Todo este panorama y situación frustrante para Jim Hutton, debe haber generado su deseo de gritarle al mundo. "Cuernos, existí en la vida de Freddie! No fui solo el jardinero". Y bueno, al final, salió el libro que todos conocen y que muchos critican. Sin duda, este libro también tiene como objetivo desmitificar un poco a Mary Austin. Ella fue una parte importante del pasado de Freddie, pero no lo fue en sus últimos años. En sus últimos años, las 3 personas que estuvieron más cerca de Freddie y quienes lo cuidaron en su lecho de enfermo fueron Jim Hutton, Joe Fanelli -ya fallecido de SIDA- y Peter Freestone. Ese trío se las bancó toditas y me parece injusto ahora minimizar el papel que jugaron en los últimos días de Freddie. Seamos francos también, a Mary Austin le debe haber dolido ser cambiada en los gustos de Freddie por otros hombres.


Y por eso, no habrá visto con buenos ojos a Hutton y sus amigos. Y para reafirmar esto, en una entrevista con David Wigg, Freddie señaló lo siguiente: "Estoy muy feliz con mi relación en este momento, y, sinceramente no podría pedir nada mejor. Es una especie de ...estabilidad. Sí, esa es una buena palabra. ¡No vamos a llamarlo Menopausia! Ahora tengo esta especie de estabilidad. No tengo que luchar tanto. No tengo que demostrarme nada a mí mismo. Tengo una relacion muy comprensiva. Suena muy aburrido, pero es Maravilloso.Por fin he encontrado ese rinconcito que he estado buscando toda mi vida, y ningún cabron de este universo me lo va a estropear"
En resumen, esta es mi opinión y respeto aquellas opiniones que discrepen con la mí. Creo que Jim tenía todo el derecho a decirle al mundo que Freddie fue feliz a su lado, pero debió guardarse las cosas íntimas para él solo. No creo que ese libro haya sido lanzado por el mero hecho de conseguir más dinero y lucrar. Desde mi punto de vista, fue lanzado para decirle al mundo "Déjense de hablar estupideces, yo sí existí en la vida de Freddie". Si de repente, ese tema de la vida amorosa de Freddie jamás se hubiera tocado y ni se hubiera sabido de Mary Austin, no hubiera sido necesario, pero ante tanta necedad, me parece que Hutton no tuvo otra opción.


No todos tenemos la misma capacidad de reacción. Algunos hubieran aguantado la m.... en silencio, otros habrían convocado a una conferencia de prensa, otros escriben un libro. Es cierto que Mary Austin no ha escrito libros, pero tiene entrevistas y ha aparecido en documentales señalando partes de la vida privada de Freddie, y acaso a ella la lapidan con tanta crítica? Pregunta suelta al aire nomás. No espero que estén de acuerdo con mi opinión. Repito, respeto a quienes no estén de acuerdo conmigo, pero expreso mi opinión con fundamento y argumentos, no lanzando críticas incendiarias sin siquiera haber leído el libro.
Por último, tuve la suerte de tener a Jim Hutton en mi Facebook y el 23 de marzo del año pasado le escribí un mensaje, y al día siguiente, 24 de marzo, Jim me respondió con un breve pero amable mensaje:


Jim Hutton ha muerto, quizás aquellos que albergan odios y rencores les alegre la noticia. Pero, para los que admiramos a QUEEN y a Freddie Mercury, sabemos que Freddie fue feliz a su lado. Y hoy, 18 años después de la partida de Freddie, nuevamente se han vuelto a reunir y para siempre.
¡¡DESCANSA EN PAZ, JIM HUTTON!!


QUEEN + PAUL RODGERS : UNA ALIANZA OPORTUNA‏

Em 16 de Diciembre cumple 60 años, PAUL RODGERS. Y deseo dedicar este post a la alianza o asociación denominada “QUEEN + PAUL RODGERS”.La primera vez que escuché a Paul Rodgers fue en un programa musical con el clásico “All Right Now” del grupo Free, del cual era vocalista. Años después supe que había sido vocalista también de los grupos Bad Company y The Firm, y en 1992 me conseguí el video del Festival “Leyendas de la Guitarra” y pude ver como uno de los números finales de aquella 5º Noche organizada por Brian May, el tema “All Right Now”, cantado por el mismo Rodgers.
En el 96, supe que había grabado junto a Brian y otros músicos, el tema “Reaching Out”, con fines benéficos. No volvería a saber de él sino hasta el 2004 cuando tuve conocimiento que Brian y Roger habían decidido formar con Paul Rodgers una especie de alianza llamada QUEEN + PAUL RODGERS. En ese momento, debo confesar que tuve una serie de sentimientos encontrados. Por un lado, me parecía bien que Brian y Roger se volvieran a juntar para una gira al lado de un cantante como Paul Rodgers. Pero por otro lado, también era conciente que esta nueva aventura traería cola por la utilización del nombre de QUEEN.
Esta asociación se originó cuando Brian tocó en el concierto del 50º aniversario de la guitarra Fender Stratocaster el 24 de Setiembre del 2004. Como en repetidas ocasiones anteriores, se unió a Paul Rodgers para el tema “All Right Now". Después de esto, Brian May habló de una química entre ambos. Más adelante, el 11 de Noviembre del 2004, Brian y Roger invitaron a Paul para tocar con ellos en el ingreso de QUEEN al UK Music Hall of Fame donde interpretaron "We Will Rock You", "We Are The Champions" y "All Right Now". La química entre el trío quedó confirmada y anunciaron su gira mundial para el 2005.

En Octubre del 2005, recuerdo que me reuní en casa de mi amigo César Beltrán y pude ver algunas grabaciones de la gira europea de QUEEN + Paul Rodgers. Mi primera impresión no fue positiva. Lo primero que me dije fue, “la han podido los dos sin necesidad de recurrir a Paul Rodgers”. Pero mi opinión cambiaría el 25 de diciembre del 2005. Mi hermano me regaló el DVD de “RETURN OF THE CHAMPIONS” y tras recibir la Navidad con mi familia y descansar hasta tarde, me preparé para ver el DVD. Para ver este concierto, tenía dos opciones: 1) Verlo con el ánimo de hacer comparaciones; o 2) Verlo despojado de prejuicios y sin hacer ningún tipo de comparación. Preferí optar por la segunda opción, era IMPOSIBLE compararlo con un concierto de QUEEN. Además, no era que QUEEN se hubiera reformado ni que contaba con un nuevo vocalista. Partiendo de esa premisa, me preparé para ver un concierto con Brian y Roger juntos, tocando y cantando la música de QUEEN, y alternando además con un grande como Paul Rodgers. Y tras ver el concierto, me encantó ver nuevamente a Brian y Roger juntos en una gira. Ante el retiro voluntario de John Deacon, ellos eran los abanderados de la música de QUEEN. Desde el 2001 con el musical teatral “WE WILL ROCK YOU”, ambos se dedicaron más a la labor de productores ejecutivos y tocaban en algunas ocasiones con los miembros del elenco de la obra, pero ello sucedía como algo esporádico y como consecuencia de la obra musical. Si algo le agradecemos a Paul es que gracias a la química que se dio entre los tres, Brian y Roger decidieron volver a tocar juntos en un escenario y como parte de una gira, no como presentaciones aisladas. Además, no veía a BRIAN y ROGER tan motivados y tocando con feeling, desde el MAGIC TOUR.
Y lo importante es que Paul Rodgers JAMAS intentó imitar a Freddie, cantando los temas de QUEEN en su estilo. El concierto estaba bien equilibrado y balanceado, y no era que Paul Rodgers cantaba todo el concierto. La clave del éxito era ese equilibrio musical entre los tres, sin que ninguno pretendiera figurar por encima del resto. Tras disfrutar ese concierto, mi percepción sobre esta alianza cambió totalmente y se consolidó cuando ví el video del concierto en Saitama, en donde el trío brilló ante el público japonés.
Pero el punto que dividió a los fans queeneros fue la utilización del nombre de QUEEN en la denominación “QUEEN + PAUL RODGERS”. A partir del 2000, cuando Brian y Roger empezaron a hacer algunas apariciones juntos, era inevitable que los fans los asociaran a QUEEN -más aún, si John Deacon ya no participaba. Tratando de ponerme en sus zapatos, para qué insistir en negar lo que es innegable, que ellos constituyen el 50 % de QUEEN, que son los únicos miembros de la banda aún en actividad, y que en conciertos, lo que la gente esperará serán siempre los temas clásicos de QUEEN? Entonces para qué encerrar en un baúl y bajo candados el nombre de QUEEN, siendo algo que les pertenecía y que ganaron por derecho propio. El mismo Elton John les dijo a Brian, Roger y John luego de la performance en Paris en 1997 cuando tocaron “The Show Must Go On”, que lo que tenían con QUEEN era "como si tuvieran un Ferrari en su garage y no lo utilizaran y lo tuvieran allí arrimado". El nombre de QUEEN no merecía ser desterrado ni condenado al olvido. Además, seamos sinceros, a los empresarios, a las disqueras y al mismo público, les interesaba mucho más que el nombre QUEEN esté presente y no apartado como un leproso.

En este tema del nombre, hay que tener en cuenta lo siguiente: 1) QUEEN como banda nunca fue disuelta oficialmente y al no haber un anuncio oficial que lo indique, QUEEN -en teoría- seguiría existiendo como banda; 2) Bajo la premisa anterior, al haber muerto Freddie y haberse retirado voluntariamente John, Brian y Roger seguian siendo miembros de QUEEN, como banda no disuelta oficialmente; y 3) Si siguen siendo miembros de QUEEN, pues ellos tendrían todo el derecho a utilizar ese nombre. Es así de fácil. Que nos guste o no, es otra historia. En mi opinión personal, pienso que que lo ideal y lo "recomendable" hubiese sido que formaran un nuevo grupo con un nuevo nombre. Hubiera preferido eso, les soy franco. Pero, tampoco me molesta ni me incomoda, ni me rasgo las vestiduras, ni me revienta el hígado porque lo hayan usado.Finalmente, en este año 2009 quedó definitivamente disuelta la alianza entre QUEEN + PAUL RODGERS. Si algo les aportó Paul al formar esa alianza, fue precisamente la motivación, el deseo y el entusiasmo de hacer algo juntos. Dudo que haya proyectos de tours mundiales. Tendría que ocurrir algo similar y suficientemente motivador para que vuelvan a hacerlo y francamente no veo algo así en un futuro cercano. No es cuestión de decir, que entre tal o cual cantante en vez de Paul Rodgers. Si fuera así, la mejor opción sería Jeff Scott Soto, pero repito, la cosa no pasa por eso y no es tan simple, es mucho más complejo. Además, Brian y Roger ya no son dos jovencitos y este tipo de giras demanda esfuerzo grande y genera agotamiento.

Cuando uno mira para atrás y ve lo que ha sido esta aventura musical que se cristalizó en la asociación denominada QUEEN + PAUL RODGERS, al margen de las críticas prejuiciosas que sin siquiera analizar las cosas lanzaban insultos y burlas hacia un cantante con historia, trayectoria y pergaminos como Paul Rodgers, pienso que el balance ha sido positivo. Y lo más importante es que muchos fans de QUEEN en todo el mundo, quienes NUNCA tuvieron la oportunidad de ver a QUEEN en concierto y que ya habían olvidado esa idea, pudieron ver lo más cercano a un concierto de QUEEN: A Brian y Roger nuevamente juntos en un escenario en dos giras mundiales y tocando lo más representativo de QUEEN en vivo. Eso fue algo que no tuvo precio y que coronó el sueño de ver a la dupla sobreviviente de QUEEN. Asimismo, fue bueno que Brian y Roger volvieran a crear juntos nueva música, al lado de Paul y que luego de 13 años, volvieran a estar involucrados en un nuevo album en estudio. Es cierto, el album tuvo distintas reacciones y muchos fans le pusieron la cruz sin siquiera haberlo escuchado con profundidad, pero no pueden obviarse muy buenas canciones como “Say It's Not True”, “Small”, “We Believe”, “Some Things That Glitter” o el cover de “Runaway”.
VALIO LA PENA? En mi opinión, por supuesto que sí, porque de otro modo, si esto no hubiera sucedido, lo único que se hubiera tenido habría sido poca cosa, quizás cada uno por su lado, o juntándose para algún concierto benéfico o en alguna aparición en alguna fiesta del QUEEN Fan Club, pero nada más.
Por último, desde este blog, le deseamos todo tipo de felicidades a PAUL RODGERS, quien además de ser un cantante de primera, es una persona amable, sencilla y cordial con sus fans. Gracias Paul por cruzarte en el camino de Brian y Roger y generar que pudieran regalarnos su música en vivo y que pudiéramos hacer realidad un sueño largamente anhelado.
¡¡FELICES 60 AÑOS PAUL RODGERS!!
Publicado por Luis Guadalupe

http://royaltrilogy.blogspot.com/2009/12/queen-paul-rodgers-una-alianza-oportuna.html