quarta-feira, 23 de abril de 2014

Começando a preparar o Freddie for a day.....


Em 5 de setembro de 1946 nascia no Zanzibar, uma ilha próxima à costa leste da África, Farrokh Bulsara, ou melhor, o lendário frontman da banda britânica Queen, Freddie Mercury. Falar desse verdadeiro mito da história da música, adorado e conhecido mundialmente, nos faz obrigados a mencionar seu enorme talento como compositor, pianista e cantor; além é claro, de seu desempenho simplesmente brilhante no palco em interpretações inesquecíveis.
Mas o que torna um homem uma lenda? Que força é capaz de transformar uma banda de rock em história? Bom... Isso é obviamente inexplicável. O fato é que em 24 de novembro de 1991, Freddie Mercury nos deixava em decorrência da AIDS, uma perda irreparável para a música e para seus fãs. Em 2013, completa-se 22 anos de sua morte; 22 anos de uma lacuna que nem o tempo foi capaz de preencher. Numa época em que muito se repete tanto em musicalidade quanto em sonoridade, e achar algo novo e original é quase impossível, o que nos resta é o velho sentimento de um poeta brasileiro num infindável "mais do mesmo"... Isso é o que temos. Vejo em Freddie Mercury e no Queen algo extremamente único, uma sonoridade e sentimento que só eles tinham. É óbvio que outras bandas também trazem em sua síntese tal magia, mas raras são as que ainda atuam, e raríssimas as que surgiram em nossa década atual. Tente se lembrar de um som tão característico de guitarra quanto o de Brian May, ou de um vocal tão marcante e expressivo quanto o de Freddie Mercury... E o que dizer de John Deacon (baixo) e Roger Taylor (bateria), compositores de grandes sucessos do Queen e alicerces em apresentações memoráveis. Tente achar essa singularidade hoje em dia...
Penso que em decorrência da globalização e do avanço tecnológico, tudo tende a se nivelar. Todos tem o melhor som; os melhores instrumentos; os melhores equipamentos. Isso é fato. Mas o principal ponto negativo de toda essa modernidade é a similaridade sonora e técnica que ela imprime sobre as bandas. Tudo tem que ser tecnicamente perfeito, filtrado e sistematicamente corrigido. Acho que muito do feeling dos anos 70' e 80' se perdeu. Talvez o segredo dos integrantes do Queen, seja a capacidade imensurável de tornar sua obra distinta e atemporal... Bohemian Rhapsody, Under Pressure e The Show Must Go On, traduzem os dias de hoje com perfeição... Arrepia e emociona o sentimento empregado (apenas em voz e violão) na canção "Is This The World We Created..." lançada em 1984 no álbum "The Works". Uma letra tão visceral e representativa que não consigo imaginar época da existência humana em que ela não seja aplicável... Não importa quantas vezes escute... Não importa em que ano foi composta... Ela vai segurar nos seus ombros, te sacudir e dizer: Hei! Somos todos iguais! Nós fizemos isso juntos... Nesses momentos raríssimos, que transcendem a música e aproximam o artista de seu público, é que percebemos a grandeza importância desses caras. Hoje, o que nos resta é admirar o que o Queen nos deixou por legado. Admirar o talento individual e coletivo dedicados a uma obra fantástica e infelizmente consumada. Vez ou outra eu imagino até onde teriam chegado se Freddie Mercury não tivesse partido tão precocemente, com apenas 45 anos de idade e com tanto ainda por criar.



“Minha maquiagem pode estar escorrendo

Mas meu sorriso permanece “...


Nenhum comentário:

Postar um comentário